sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Regiões pequenas, interesses discrepantes

O líder “invisível” de múltiplas associações e empresas intermunicipais construídas à volta de Viana do Castelo, mas que não coincidentes no espaço, diz-se injustamente mal interpretado.
Que só quer o bem do Alto Minho, diz ele, olhando pelos binóculos de Santa Luzia. Vai mudando de lentes e assim vê a Região de Turismo do Alto Minho com 13 concelhos, a Valimar com 6, as Águas de Minho e Lima com 10, é uma confusão de interesses ocasionais, geridos em plataformas diferentes.
Claro que a nossa interpretação é de que, para este Senhor, todas as alianças que se façam à sua volta se justificam, o que está provado não ser benéfico para este estranho conjunto sub regional, esta manta de retalhos que dá pelo nome de Alto Minho.
Que cada um fale por si mas que se olha para além do nosso horizonte visual. Ponte de Lima está a ser seriamente prejudicado nesta confluência de vários interesses num jogo que está longe de ser limpo. Nós não podemos deixar-nos ir a reboque de estratégias pessoais, de interesses particulares sem integrar todos os interesses em causa num planeamento estratégico global.
Numa altura em que está posta de lado qualquer estratégia consensual, qualquer solidariedade regional também nós temos direito à autonomia que nunca devíamos ter perdido.
Se até pela via do I.R.S. vai ser possível incentivar a concorrência entre municípios, cada vez será mais difícil uma estratégia comum. E quanto mais pequenas forem estas regiões de trazer por casa mais discrepantes são os interesses dos concelhos que as integram.