sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

As características do nosso comércio de Natal

Não temos dados sobre o contributo limiano para o grande consumo da época de Natal. Não só sobre quanto gastamos mas também onde e se alguém veio cá gastar algum.
Se sobre dados ainda é possível especular, não é por não os haver que vamos estar calados para não nos chamarem de especuladores. Aliás também à vista desarmada se vê.
Em Ponte de Lima a população flutuante sempre teve uma grande importância no incremento da actividade económica nas épocas festivas. Mas já longe vão os tempos em que os emigrantes entupiam as nossas lojas, tão elevado era o seu nível de vida comparativamente com o nosso.
Os nossos “emigrantes”, seja no estrangeiro, seja dentro do país, em especial lisboetas, ainda são uns bons dinamizadores do nosso comércio. Se os que estão no estrangeiro já não trazem o fervor consumista de outrora, são os de cá que mostram a melhoria no seu poder de compra que ocorreu nos últimos 20 anos.
Um dos motivos deste comércio é a procura de produtos mais genuínos que possam ainda encontrar na sua terra. Infelizmente se cada vez há menos, também fora destas épocas a sua procura é cada vez menor o que não incentiva o seu fabrico.
Quem já nada procura é outro tipo de visitantes, os velhos raizeiros da Maia, mais os Gondomarenses que os suplantaram. Passam por cá, a caminho ou vindos dos supermercados espanhóis, e só usam as casas de banho dos nossos cafés.
Será porque o que temos para lhes oferecer seja apenas aquilo que eles fabricam e nós lhes compramos?