sexta-feira, 22 de junho de 2007

Como implementar uma economia ecológica

A nossa preocupação ecológica já vem de há muito, mas só nas últimas décadas assumiu carácter mais sério com a avaliação e o rigor científico que se colocou na sua análise. Falava-se em poluições, mas só as alterações climáticas fizeram suar o sinal de alarme. O ambiente está enfim no domínio das decisões políticas.
Por mais passos que se dêem, e agora o G8 deu um pequeno passo, não podemos dormir descansados. O problema tem de ser visto na sua verdadeira dimensão, com a extrema gravidade que deriva de estar em causa o futuro da humanidade.
Nós indignamo-nos com a leviandade com que se continua a tratar estas questões, com a indiferença que a maioria de nós manifesta em relação a elas. Vai-se pretendendo sensibilizar as crianças, mas são tantos os maus exemplos à sua volta que é de duvidar da sua eficácia, se não envolver os mais velhos.
Toda a sociedade está envolvido num consumismo glutão que contorna a realidade e cria a ilusão de que os cientistas resolverão todos os problemas e os políticos actuarão na hora exacta em que já mais nada houver para fazer.
A força determinante na sociedade é a economia. Ainda por cima é uma força anestesiadora que actua selectivamente sobre o nosso cérebro. E está hoje interessada em que se queime todo o petróleo que existe, que depois se acabe com o gás natural, que se produza cada vez mais e se polua cada vez pior.
Nós próprios, poderosas forças económicas do lado dos gastadores de bens e produtos directa ou indirectamente poluidores, contribuímos sobremaneira, com a irracionalidade do nosso comportamento, para o agravar da situação. Temos de deixar de acreditar na força depuradora da natureza.Consumimos carne de vacas altamente poluidoras, gastamos gasolina, plásticos, óleos, metais, acima de tudo destruímos energia não renovável ou obtida por processos poluentes e cujo consumo mais poluição provoca. Não invocamos o fundamentalismo mas perguntamos: Onde andará o bom senso?