sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Em vez de barreira um acesso

A Câmara Municipal de Ponte de Lima colocou como hipótese a instalação de uma barreira de pedra no paredão que suporta o Largo de Camões e o Largo da Feira, destinada a proporcionar maior segurança a quem por ali passeia.
O paredão é uma construção com setenta e tal anos que se destinou a criar aqueles largos a um nível a que as cheias do rio só esporadicamente chegariam. Para isso foi necessário soterrar o 1º andar dos edifícios.
Esta solução não seria adoptada no Passeio Marginal, tendo sido construída uma rampa em frente à Caixa Geral de Depósitos de hoje para fazer a ligação com a parte que subiu. Também dois arcos da ponte medieval foram soterrados.
Qualquer alteração que agora se pretenda fazer deve ter em consideração a situação anterior e de qualquer maneira caminhar no sentido da sua possível reposição. Tudo seria fácil se aquela passagem sobre estes dois arcos da ponte não fosse a única entre as duas partes da Vila.
Uma maneira de aligeirar o impacto visual daquele paredão para quem vem de Além da Ponte era construir em sua substituição uma rampa/escadaria que permitiria um acesso fácil ao rio e resolveria os problemas de segurança que hoje existem.
Além disto esta solução desanuviaria a paisagem para quem está a um nível superior, permitiria que, retirando também o estacionamento como se pretende, das esplanadas do Largo de Camões se visualizasse a outra margem do rio, que não ele próprio.
Desde que o Passeio Marginal está a um nível inferior e àquela frente da Vila não se pode regatear a beleza, porque não fazer uma transição mais suave entre as praças laterais à ponte e o areal, maugrado faltar a estruturação deste?
Não sendo para trânsito não se justifica uma rampa, antes uma escadaria que permitiria a criação de uma espécie de anfiteatro, vantajoso para muitos dos espectáculos que naquela zona é costume serem feitos.