Se procuro escrever estas linhas em todas as edições deste Jornal é porque tenho disponibilidade para uma intervenção a diferentes níveis e a acho de algum modo útil. Não me é pedido ser pró ou contra, seria descabido, aliás só excepcionalmente as coisas são assim tão simples.
Temos muitas vezes a falsa ideia de que o poder nos exige que sejamos a favor ou contra todas as suas medidas. Dificilmente isso pode acontecer e quando aquele apoio é pedido há a procura de um totalitarismo absurdo, o que deve ser desde logo rejeitado. A nossa dignidade deve-nos impor isso.
Claro que devemos fazer um cômputo geral, uma avaliação mais ou menos detalhada e tirar uma conclusão. Mas esta será sempre subjectiva e devemos ainda assumir a sua relatividade. Deve ter em conta acima de tudo as opções em presença e não outras de que possivelmente gostaríamos mais. E além disso esta apreciação global só se justifica em certos momentos.
O que normalmente acontece é que este facto, a falta de alternativa viável, leva muita gente a uma atitude acrítica, a um militantismo anti-opinativo, vindo ainda dos tempos de Salazar. Esta ideia de que quem critica é prejudicial a quem faz é bizarra. Quem faz deve ter em conta as críticas no processo de decisão.
Ninguém se pode colocar a um nível superior, de se não querer submeter aos reparos dos outros. Principalmente quando se fazem coisas novas, quando se sai de um alinhamento mais previsível, imponha-se uma discussão aberta e que fossem facultados todos os dados que sustentam a decisão.
Quem pretende exercer o poder ou de qualquer maneira intervir deve-o fazer quando é possível e à posteriori se tiver que ser. O que se nos impõe é sermos claros na sustentação de um decisão diferente, de um outro rumo se for caso disso. Quem se sentir melindrado só tem que se preparar melhor para tomar melhores decisões.
Temos muitas vezes a falsa ideia de que o poder nos exige que sejamos a favor ou contra todas as suas medidas. Dificilmente isso pode acontecer e quando aquele apoio é pedido há a procura de um totalitarismo absurdo, o que deve ser desde logo rejeitado. A nossa dignidade deve-nos impor isso.
Claro que devemos fazer um cômputo geral, uma avaliação mais ou menos detalhada e tirar uma conclusão. Mas esta será sempre subjectiva e devemos ainda assumir a sua relatividade. Deve ter em conta acima de tudo as opções em presença e não outras de que possivelmente gostaríamos mais. E além disso esta apreciação global só se justifica em certos momentos.
O que normalmente acontece é que este facto, a falta de alternativa viável, leva muita gente a uma atitude acrítica, a um militantismo anti-opinativo, vindo ainda dos tempos de Salazar. Esta ideia de que quem critica é prejudicial a quem faz é bizarra. Quem faz deve ter em conta as críticas no processo de decisão.
Ninguém se pode colocar a um nível superior, de se não querer submeter aos reparos dos outros. Principalmente quando se fazem coisas novas, quando se sai de um alinhamento mais previsível, imponha-se uma discussão aberta e que fossem facultados todos os dados que sustentam a decisão.
Quem pretende exercer o poder ou de qualquer maneira intervir deve-o fazer quando é possível e à posteriori se tiver que ser. O que se nos impõe é sermos claros na sustentação de um decisão diferente, de um outro rumo se for caso disso. Quem se sentir melindrado só tem que se preparar melhor para tomar melhores decisões.