sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

O sobe e desce dos nossos passeios

A zona histórica da Vila de Ponte de Lima foi há anos empedrada segundo um gosto que não é o de todos, mas as modas são assim. A pedra deveria ter sido exclusivamente da região, mas não o foi, tendo até sido instalada alguma pedra espanhola de textura e cor diversa da de cá.
Neste empedrado contínuo houve necessidade de colocar tampas para acesso a caixas de vária origem, desde saneamento, telefones. A pedra de granito é dura mas a sua resistência depende muito da forma como é cortada, como é colocada, da disposição das suas faces.
Estas tampas andam permanentemente partidas. Toda a espécie de transportes invade as áreas pedonais da zona histórica para cargas e descargas a qualquer hora do dia, sem quaisquer regras, contrariamente à prática existente em locais semelhantes. É tal o movimento que ninguém diria que o comércio dessa zona estivesse em crise, como está.
Peão sofre. Partem-se uns tacões, estragam-se uns sapatos, torna-se penoso ter que passar várias vezes nos mesmos locais. E a solução era tão fácil. O granito não é material que dê para fazer tampas de dez centímetros e tampas mais grossas tornar-se-iam difíceis de remover quando se queira aceder às caixas.
Mas não é só aqui que os peões têm problemas. Parece que determinadas ruas ainda são entendidas como estradas que atravessam a Vila. Faltam passeios em vários locais como a Via Foral D. Teresa, a Rua da Adega, a Rua entre a Ponte da Guia e o acesso ao Cemitério da Vila.
O sobe e desce passeios e piso de estrada é perigoso, quando chove ainda se torna mais difícil. As pessoas do jogging nocturno mereciam que pelo menos houvesse passeio em todo o circuito citadino Escola da Freiria, S. Gonçalo, Rotunda da Feitosa, Ponte de Crasto. Nem sempre é recomendável ir para a ecovia.