sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

As perigosas relativizações de Daniel Campelo

Daniel Campelo com o seu gosto por tiradas bombásticas quis comparar sarrabulho e IKEA e deu origem a uma polémica pitoresca. Não traz qualquer benefício para o concelho pôr em confronto duas actividades diversas, mas compatíveis.
O sarrabulho está aí há umas dezenas de anos e recomenda-se. Gostemos ou não dele, digamos que é um objectivo “patriótico” valorizá-lo. Mas também criar novas variantes, com carne de origem local (bízaro) e novas alternativas. Não faltarão clientes. Porém, não é o sarrabulho a indústria âncora para outras.
A IKEA era outra forma sustentada de termos uma indústria de futuro. O perigo pelo qual podia um dia passar é igual ao perigo na indústria do sarrabulho, se um dia as pessoas enjoarem dele. Falta fazem IKEAs, que não esta, que sejam outras mais pequenas.
Esta polémica é um puro exercício académico com que se pretende desresponsabilizar quem acha que não fez tudo o que podia. Para mim tudo se deve a um atraso que não é de agora, mas se Daniel Campelo tinha contactos da Suécia devia ter-se antecipado. De resto o sonhar tem o seu limite e eu nem sonhei.
Em fins de 2005 Daniel Campelo também afirmou que o Festival de Jardins tinha cá deixado 2 milhões de Euros. Ficamos sem saber onde. Agora ficamos sem saber onde estão os 1500 trabalhadores do sarrabulho. Mas isto são afirmações gratuitas sem consistência, sem meio de prova algum, “políticas” que baste.