sexta-feira, 4 de maio de 2007

Um emblema turístico para Ponte de Lima ou para o Minho?

Está em curso uma campanha de promoção turística do Algarve que assenta na palavra “Allgarve”. Com ela se pretende significar que o Algarve tem tudo o que é necessário em termos turísticos para os mais diversa clientela de diferentes idade, preferências e carteiras.
A promoção turística tem de assentar em termos simples, de preferência um só termo, uma marca, que diga tudo às pessoas. Neste caso pela própria natureza da palavra, uma sobreposição do “All” em inglês significando tudo, à nossa Algarve.
A Câmara de Ponte de Lima quer lançar uma marca “Ponte de Lima”, cujos méritos têm que ser analisados colocando-nos na posição daqueles que procuram um destino turístico sem possuir grandes referências, mas o querem para uma estadia mínima.
Ponte de Lima esteve ligado ao nascimento do turismo de habitação e derivados, mas com a expansão deste perderam-se muitas referências, além de que se destina a uma clientela muito específica e limitada por natureza.
Por mais que procuremos esticar o nosso património, edificado e natural, por mais valioso que ele seja, não é suficiente para justificar uma estadia prolongada e o turista só se engana uma vez.
Os eventos, Vaca, Feiras Novas, são de referência mas por natureza temporais. O sarrabulho, nas actuais circunstâncias, não é sequer um emblema de que nos devemos orgulhar.
O turismo de Ponte de Lima tem de estar englobado numa mais vasta estratégia promotora do Minho com as suas particularidades, tonalidades, paisagem, sabores, património, passado. Afinal daqui nasceu Portugal: Minho, o coração de Portugal.