sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Porquê tanta pedra, porquê?

Entre a entrada da ponte medieval e a Casa Melo, com as suas revista e jornais, jazem quatro pedregulhos devidamente trabalhados, presumo que à espera que a nossa opinião pública se prenuncie sobre o seu efeito estético e de segurança naquele passeio marginal, nosso miradouro para o mundo.
Claro que gostar gostava de um gradeamento em ferro, suportado por pedras à maneira do que está feito no mercado, de modo a diminuir o impacto visual. Mas como a Câmara é “pobre” e esta solução à base de granito se insere noutras opções igualmente pesadas e é mais barata, pronunciemo-nos.
Estão lá pedras de dois formatos diferentes, um mais pesado que outro. Um dos modelos é constituído por blocos 80x40x50 cm, suficientemente fortes para suster as arremetidas de qualquer vaca das cordas, mas inestéticas quanto baste.
O outro dos modelos é em corte transversal um losango com uma base maior de 80 cm e uma menor de 65 cm e com a mesma largura de 40 cm. Cada bloco mantém a mesma altura de 50 cm, pelo que o seu peso é menor, e o seu efeito é esteticamente menos agressivo.
Mas o segundo modelo poderia ser melhorado se a sua largura fosse reduzida para 30 cm, fosse colocado a facear o parte exterior do muro, não permitindo malabarismos no espaço que sobra do parapeito agora existente. Isto faria ainda que no seu interior sobrassem 35 cm para passeio ou porque não para assento.
Já os próprios blocos não deveriam servir para este efeito pelo que, e até para compensar a diminuição de peso, por efeito da menor largura, poderiam ter mais altura, talvez 60 cm, para os tornar mais inacessíveis e ninguém se vá neles sentar.
Formariam assim uma barreira ainda mais alta, mas não serão também um obstáculo as pessoas que lá se vão sentar em cima dos propostos 50 cm? Bem, bem ficava como está, mas são respeitáveis os temores de quem não se sente seguro ao ali passar, em especial com filhos pequenos.