sexta-feira, 15 de setembro de 2006

Antelas - a estética, a economia e o ambiente

Muitas pessoas se espantam com as falhas que vão surgindo na estética paisagística. E, por estar próximo da Vila de Ponte de Lima e ser visível do Largo de Camões, com o nudez do Monte de Antelas.
Também a estética nos deve preocupar e, sendo certo que não há estética inocente, arte pura, belezas intocáveis, há neste caso uma ferida que, manifestamente, sangra.
Só que desde que o homem chegou ao ponto de alterar tão radicalmente a natureza, há que analisar este fenómeno também a outros níveis. E, a nível da economia local, a extracção e laboração da pedra são importantíssimos. Há sacrifícios que compensam.
Por outro lado, se aqui se cria um défice estético, ele é largamente compensado pelas obras maravilhosas a que a nossa pedra, há séculos, dá origem. A beleza espalha-se.
A solução é a minimização do impacte visual pelo cumprimento de regras há muito estabelecidas. Também outras agressões ambientais, como o destino das finas poeiras geradas nesta actividade, devem ser consideradas. E o magno problema da segurança de quem lá trabalha tem que ser resolvido.Acho que neste ponto o trabalho da Câmara de Ponte de Lima e da Junta de Freguesia de Arcoselo vai no bom caminho e, embora não tenha a visibilidade desejada, há empenho em que as coisas avancem num sentido dignificante para todos.