terça-feira, 10 de outubro de 2006

Não se confunda a mensagem com o mensageiro

Fui surpreendido pela colocação de “uma” minha imagem nesta pequena crónica. Não que eu me esconda de nada com coisa alguma. Não que eu tenha receio que se “confunda” a mensagem com o mensageiro.
Alto lá! Não é pretensiosismo mas não se arranje outra “confusão”. Esta referência à mensagem nada tem a ver com a qualidade da escrita. Fiquemos somente com o carácter técnico e deixemos descansada a valia do que se escreve.
Uma mensagem só adquire a sua perfeita eficácia se a não confundirmos com o mensageiro. Há coisas que “têm” que ser ditas e não agrada ao mensageiro falar delas. Até podemos dizer que este ou aquele assunto não cabe na “ambiência” do mensageiro.
Pelo contrário, há coisas que “não têm” que ser ditas mas agradam ao mensageiro e então perguntar-se-á para que se mete “este gajo” em assuntos que, por sublimes, não estão dentro do alcance das suas capacidades?
O óptimo era ler, não ter “ideias feitas” sobre o que deve ser dito e não dito e avaliar independentemente da origem. E claro que era óptimo ter travões para recuar quando vier ao pensamento a velha máxima: “ não sei quem é este gajo mas nesta é que me não leva”.
O óptimo era ser capaz de, se for caso disso, se ela “passar”, integrar a mensagem na nossa sabedoria de vida, transmiti-la uma dia sem necessidade de citar a origem, sem “pagar” direitos de autor: Como se ela já fosse nossa desde sempre, parte da nossa sabedoria, um “”“átomo””” da sabedoria universal.