terça-feira, 24 de outubro de 2006

A nossa centralidade e o exemplo dos pronto-socorros automóveis

O ter escrito um artigo sobre águias, garças e abutres levou-me a uma estranha associação de ideias. Muita gente está a, aparentemente, nada fazer. Só que é para que, quando for necessário, possam ocorrer ao chamamento urgente.
São bombeiros, médicos, enfermeiros, polícias, mais e muitos mais profissionais que estão prontos a socorrerem-nos a qualquer momento. E como tal têm à sua disposição os “pronto-socorros”.
A rotunda de S. Gonçalo começou há tempos a ser o local privilegiado de estacionamento de alguns carros de reboque, da classe dos ditos “pronto-socorros”, mas cuja primeira impressão causada deu para que lhes chamasse abutres.
Pensando porém melhor o seu papel é tão meritório como o de outros profissionais do socorro, prontos que estão para correr a desobstruir uma via, para nos libertar de uma carro que já é um estorvo para nós. Como certas associações de ideias são injustas!
O que isto parece provar, pensando ainda melhor, é que a nossa centralidade foi descoberta por todos, até por pedintes, menos por nós e tarda a ser aproveitada em benefício do concelho.
O que falta para que os empresários da nossa terra, com certeza que há dinheiro, se abalancem a concentrar em Ponte de Lima serviços que cá deixem alguma mais valia? Se estamos só à espera de grandes empreendimentos bem estiolamos.
Tendo rejeitado há anos a hipótese de sermos o supermercado do Alto Minho, resta-nos a especialização, a inovação, a iniciativa. Para que não nos chamem nomes feios, porque quem espera sentado pelo cheiro da boa comida já só alcança os sobejos.