terça-feira, 21 de novembro de 2006

Que factores competitivos passam pelos cérebros mealheiros

O desemprego é um fenómeno económico e social a que não estávamos habituados. Nós que neste mundo da indústria só entramos há uns poucos anos, já lhe estamos a saber os efeitos.
Do desemprego em massa, daquele que manda de uma só assentada umas dezenas ou centenas de pessoas para casa. Desemprego de um emprego que já não volta mais, que vai para longe, para o estrangeiro mais longínquo. Daquele que cá não deixa ficar nada do género a não ser umas paredes nuas. Emprego parecido para absorver os desempregados em tempo útil é vê-lo!
Valha-nos que com o fecho de uma fábrica de calçado na Gemieira se diz que uma outra fábrica de acessórios de automóvel, de algum modo parente, ainda que afastada, é capaz de absorver algum daquele desemprego. Veremos!
Também esta é uma indústria com os seus problemas, com as suas limitações, mas alguma coisa há-de ficar, e de preferência cá. Afastemos o mau agoiro, dirão os mais sugestionáveis.
Que nisto não há milagres. Não havendo encomendas, não há trabalho. São multinacionais que se estão marimbando para a paisagem, para a bonomia das pessoas, para a boa gastronomia.
Avancemos com outros factores competitivos que estes nunca passarão pelo cérebro-mealheiro dos empresários mais humanistas. Precisam-se de vantagens (terrenos, acessos, equipamentos sociais, isenções) traduzíveis no vil metal.