sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Não corras perigos desnecessários

Em recente reunião da C. M. de Ponte de Lima foi abordado o tema do Monte da Madalena e, quiçá, na tentativa de desvalorizar aquele esplêndido miradouro e os seus jardins, um vereador afirmou que agora a Madalena já não é procurada porque as pessoas têm tudo de que precisam na vila.
Vai daí a garça ficou assaz perplexa e embora não ande a pensar sempre em brejeirices, lá conseguiu ver aquilo que estará por trás daquela afirmação. Porque quem a fez estará a pensar em que houve coisas que já lá foram apetecidas e agora o não são.
Os jardins, substituídos na procura pelos da beira-rio são diferentes, tem outra beleza, menos trivial e mais romântica. O restaurante, sendo a Câmara o seu proprietário, não quererá desvalorizá-lo. Por lá ninguém anda a dar nada, o que será?
Vai daí a garça na sua faina de abocanhar algumas calorias no rio, que, por ser dia de referendo à I.V.G., não pôde deixar de comer, reparou que nas margens do Lima se viam olhos reluzentes, que algumas vezes até reviravam e perante uma reacção de medo até estava tentada a levantar voo.
A tempo reagiu. Eram umas dezenas de olhos que afinal não tinham por objectivo mirá-la, em carros perfilados tipo barreira de artilharia ligeira e não lhe queriam mal. Estavam somente a descansar do esforço do voto.
Gente precavida que, quando se fala em tantos assaltos a carros de namorados, escolhe um local bem visível, corre pouco perigo que numa mata é mais problemático. Eureka, é por isso que a Madalena é menos procurada, mais vale prevenir.
Já agora previnam-se também que a I.V.G. não é para utilizar sem largo prejuízo moral para as pessoas envolvidas.