sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Que lindo é o nosso ramalhete! Só não vemos como está cheio de flores falsas

A saúde é um tema vital para a maioria da população. O medo da doença foi sempre um dos motivos para guardar umas economias para a velhice. A nossa impotência para a enfrentar, nas suas mais diversas manifestações, aterroriza-nos por vezes.
Então gostamos de ter perto de nós uma mão amiga, uma palavra reconfortante, uma mezinha revigorante. Embora cada vez mais façamos medicina preventiva, nunca estamos livres de uma emergência, de um acidente imprevisto.
Daí que quando se fala de saúde é sempre em clima de exaltação, mesmo sem haver manipulação das consciências. Facilmente abandonamos a racionalidade, as razões mais imediatas suplantam toda e qualquer argumentação mais lógica.
Quando sempre atacamos os serviços de saúde aparecemos de repente a defender a manutenção de situações absurdas. Mas de que se trata agora é de saber onde instalar novos serviços, mais completos e capazes de dar um melhor apoio e não defender o que está, que não serve a ninguém, a não ser o que não é urgente.
Simplesmente nos agarramos àquela máxima de que mais vale pouco do que nada e todos gostamos de olhar para o nosso ramalhete, mesmo que esteja cheio de falsas flores. Para citar um caso particular cheguei à dita urgência com os meus pais mortos
De qualquer modo o Estado deu aqui, nesta questão dos serviços de emergência médica um bom contributo para a polémica, mostrando-se hesitante e sem certezas. A distância de Viana a Melgaço parece que recomendaria dois destes serviços.