terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Vida de cão é vida sem emoções e sentimentos

Sermos humanos é custoso. Viver em sociedade não é fácil, há escolhos por todo o lado, estamos sempre a encontrar quem não gosta de nós, mesmo sem nos conhecer. Nós próprios repelimos instintivamente certas pessoas que não nos agradam.
Os cães vivem o seu mundo e o nosso em que têm o mesmo problema. Há quem diga que até para ser cão é preciso ter sorte. A mim que gostava que os cães só tivessem o seu mundo, como os lobos ou as águias, repugna-me que um cão seja maltratado sem motivo, só por poder ser um intruso no nosso meio.
Quem gostar de cães deve ter com eles os cuidados que a sociedade impõe. Mas reconheço que um cão pode ser um perigo para o homem, pode ser agressivo, prejudicial, transmissor de doenças. Cabe às pessoas fazer deles animais úteis, interessantes ou companheiros e não perigosos para os outros.
Na minha juventude havia cães que não gostavam dos pobres, dizia-se que era pelo cheiro. Hoje há cães que não gostam sequer de crianças. Porque é que não tenho direito de não gostar de cães intolerantes, quando eu até os tolero?
Os cães agem por instinto, a sua satisfação na brincadeira é o patamar primeiro da violência. Nós agimos por emoções, às vezes por sentimentos, de qualquer modo, à medida que crescemos, cada vez mais libertos dos instintos.
Respeitando todos as normas não há problema em convivermos com os cães. E uma delas diz que os cães abandonados devem ir para um canil. Depois convém convencermo-nos que os cães não favorecem qualquer equilíbrio emocional no homem.