terça-feira, 6 de março de 2007

O policiamento e as novas formas de delinquência

Mais um assalto em plena zona histórica de Ponte de Lima chama a atenção para a intermitente insegurança do nosso burgo. Os idealistas que se agarram à cor da farda para justificarem as suas opções e a sua inacção têm infelizmente que se assoar a este guardanapo, porque não olham para o essencial que são os meios.
Hoje a delinquência ataca em grupos organizados e sem fardas mas bem equipados, serve-se de todas as armas ao serviço das polícias e de outras mais modernas de que estes nem estão equipados, nem no geral estão aptos a utilizar.
Há uns tempos dizia-se que ocorriam assaltos porque os assaltantes localizavam facilmente o carro da polícia. Hoje a polícia, com mais carros, dispersa-os pela Vila para criar uma impressão de presença que não engana ninguém. Na noite são necessários métodos mais elaborados.
Também se tenta substituir o policiamento de esferográfica nas mãos por outro, dito de polícia de bairro, mas uma coisa é certa: O polícia não pode ser nem lobo nem cordeiro.
Andar a passar crianças e velhinhos nas passadeiras é muito meritório mas é obrigação de qualquer cidadão que se preze. Se também o polícia deve fazer isso é mais importante ter debaixo de olho os delinquentes, estar equipado para o que der e vier, com os meios de comunicação mais modernos, com acesso a bases de dados, com prontidão na mobilidade, com posicionamentos e linhas de patrulhas adequados, com tolerância para o cidadão comum, que já lá vai o tempo de com os polícias pôr medo às criancinhas ou deles fazer atracções turísticas.