sexta-feira, 23 de março de 2007

Pronta a lutar contra os constrangimentos

A Garça está indignada. A Garça não transporta qualquer virose, tipo gripe aviaria, mas foi posta de quarentena numa edição do A.M. e resguardada noutra. A Garça não é independente, não é partidária, é política.
A Garça não é deputado municipal, não aceita rótulos, roupagens, chegam-lhe as tristes penas, mas é política. A Garça pretende manter a verticalidade que é sua e não contesta a dos outros, cada qual que mantenha a que tem.
A opinião da Garça é só a da própria, não arrasta atrás de si qualquer cargo, não vincula ninguém, ninguém se tem que achar pressionado por ela, se alguém vê nela alguma coacção moral o problema é dele.
A Garça faz política, e com a política pretende enobrecer, não pretende diminuir ninguém. Só se podem achar diminuídos aqueles que não pensam pela sua cabeça, que necessitam de tutores e em relação a esses tem uma moral superior. A política da Garça é a que a sua inteligência dita.
A Garça sobrevoa e não deixa de ver a ignorância, a vaidade, a inveja, a alarvice, sabe que estas “qualidades” existem em muito peixe do nosso rio que anda à caça de dejectos. Mas esse não lhe cairá no bico. Cada um que se eleve ao seu nível da Garça, que esta se não baixará.
Com a Garça os processos de vitimização não têm hipóteses, prefere os suicídios aos assassinatos de carácter. É paciente, sabe que custa passar do boato à informação leal.
A Garça está vigilante e pronta a tirar conclusões e a lutar contra os constrangimentos. A Garça compartilha os sonhos de liberdade, respeita o trabalho sério, responsabiliza-se pelo que diz e aceita que como os outros possa errar, que humano é.