sexta-feira, 30 de março de 2007

O Verdadeiro Contra Informação

Diz lá! … o que se passa? … para quê tanto segredo? … Ah! … Afinal! … Sim! … pois! … essa é boa! …parece impossível! … e eu que nada sabia! … mas que grande novidade! … já nada me espanta! …
Quem assim fala é um típico Contra. Faz perguntas, quer saber tudo, fala de todos entre dentes e de ninguém, que se ouça. È contra tudo e nada assume. Só se ri dos que perdem, que dos vencedores se aproxima sempre que pode.
O Contra é um perfeito manipulador da informação. Procura estar onde tudo se sabe. Não tem qualquer amor à verdade mas põe a “informação” a circular com o máximo de rapidez.
O problema está na limpidez com que essa informação circula. É que se o meio de comunicação estiver sujo, a informação sairá conspurcada. Que ela possa prejudicar alguém ou beneficiar outrem não constitui qualquer entrave.
O Contra não se preocupa em omitir alguma face dos acontecimentos e vê os protagonistas pela perspectiva que mais se coaduna com a teoria que já arquitectou.
O Contra vê um lado negro em tudo, trabalha para o realçar e para omitir o claro que lhe não interessa. Reduz a informação, tudo o que consegue apanhar, ao tamanho de uma pérola, burila-a bem, põe tudo numa frase e arremessa-a.
O dramático é que quem não é do Contra, quem é tão só pela verdade, quem quer passar alguma informação válida se vê impotente perante este meio hostil, tão habituado ao veneno da frase assassina.